Mesa arrumada, sem gafe nem estresse

Diversos tipos de garfos, facas, colheres, além de taças de formas e tamanhos variados: o que usar primeiro? Essa dúvida passará longe depois de você ler esta reportagem.

A autora do livro A Mesa – Arranjo e Etiqueta (Editora Manole) e do DVD Está na Mesa – Arranjo, Etiqueta,Comportamentos, a paulistana Esther Proença Soares é expert no tema. Acostumada a dar cursos, ela sempre incorpora novos assuntos ao repertório, a exemplo de como se portar em um restaurante japonês. Mas algumas dúvidas continuam as mesmas, não importa quanto tempo passe. Em que ordem manusear os talheres? Onde colocar os copos? Tudo bem cortar o macarrão? As respostas para essas e outras dúvidas estão aqui no link.
Antes, porém, trate de relaxar: “Sofisticação exagerada deixaqualquer um inibido”, diz Esther. “A regra mais importante é adequar a etiqueta ao estilo da reunião e ao perfil dos convidados.

Antes de tudo, defina o tipo de serviço

No formato mais simples, há lugares para todos se sentareme as travessas ficam à mesa, de modo que cada um se sirva. Quem dispõe de um aparador pode usá-lo como apoio para os alimentos.

Se a mesa for pequena, o serviço americano é a melhor solução. Os pratos ficam empilhados e os talheres concentrados perto deles – a comida é o destaque sobre a mesa. Cada um se serve e se acomoda onde preferir. Siga a dica da consultora: “Tire as cadeiras para que ninguém resolva sentar-se à mesa, o que poderia atrapalhar os demais”.

O serviço à francesa depende de garçons treinados. Eles trazem bebidas e travessas e oferece mãos convidados, que ficam sentados. “Muito elegante, porém nada prático”, avalia Esther.

Saiba por que existem taças com tantas dimensões diferentes

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Não é pura convenção: segundo os degustadores profissionais, o desenho dos copos permite aproveitar ao máximo cada bebida. O fundo bojudo das taças, por exemplo, serve para mexer ovinho e desprender osaromas, enquanto aboca mais estreita osdireciona para o nariz.

Fabricantes especializados contam com taças específicas até para tipos determinados de uva. Quem não tem olfato tão apurado pode – e deve – simplificar. Como enxoval básico da foto, é possível servir corretamente sem fazer feio. Repare que há, inclusive, uma taça reservada para a água.

No caso dos espumantes, a flûte, alta e magrinha, substitui o antigo modelo baixo e largo. Mas, se você guarda peças de estimação e gosta delas, por que não usá-las?

Uma medida simples para evitar o acúmulo de louça suja são os marcadores de copos. Assim os convidados não precisam pegar outros limpos a todo momento. Atualmente, é fácil encontrá-los nas lojas – um dos modelos que resolvem bem a questão são as argolinhas de várias cores, presas ao pé das taças.

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No esquema acima, você confere a posição correta de pratos, talheres e copos. “Mas sós e coloca na mesa o quevai ser necessário, deacordo com o cardápio”, avisa Esther.

A disposição dos talheres obedece à ordem em que serão usados, de fora para dentro. As facas ficam à direita, com o corte virado para o prato, e os garfos,à esquerda. As colheres são para os caldos: a maior acompanha o prato fundo comum e a menoré para a sopa servida em tigelinha.

No alto do sousplat –base que recebe prato raso e, dentro dele, prato fundo –, vão os talheres de sobremesa. Observe que colher e faca têm os cabos viradospara a direita e o garfo fica ao contrário.

O guardanapo de pano, já dobrado (com ou sem argola), pode ficar sobre o prato ou à esquerda dele.

Coloque o pratinhode pão no alto, à esquerda. O lado oposto fica reservado às taças, em linha reta ou na diagonal. A de água mais ao centro,depois as de espumante, vinho tinto e vinho branco, nessa sequência. “Elas não precisam pertencer ao mesmo jogo”, ensina a consultora.

O marcador de lugarnão tem ponto definido,sequer é obrigatório. Porém, como é uma ideia charmosa, aproveite para inventar modos originais de exibi-lo.

O chá ou café pode ser servido à mesa ou posteriormente, em outro lugar da casa.

 

Fonte: www.casa.abril.com.br

Aprenda a cultivar um jardim dentro de casa

Com vontade de ter um pouco de verde por perto, mas falta espaço? Aprenda aqui como cuidar de espécies que vivem bem em áreas fechadas.
Amigas da sombra, as espécies usadas nestes projetos vivem bem em ambientes fechados e dispensam grandes cuidados. Mesmo com luminosidade indireta e pouca água, elas florescem radiantes. Conheça algumas e saiba como cultivá-las.

 

Perto da janela, as folhagens fazem a festa. "A luz neste canto é suficiente. Só falta a água da chuva para lavá-las", diz o paisagista Rodrigo Oliveira. A palmeira, a pleomele verde e a Chamaedorea costaricana formam um trio exuberante atrás do sofá (almofada de Marcela Pepe). A pequena floresta se completa com o pacová (Renealmia exaltata), no vaso de cobre, a renda-portuguesa, na bacia, e o Philodendron undulatum.
Dica do paisagista: regue diariamente com pouca água. Toda semana, passe um pano úmido nas folhas. Uma vez por mês, afofe a terra. Na primavera e no verão, use o adubo NPK 4:14:8 a cada mês.



Plantas simples e de efeito são a sugestão da paisagista Gigi Botelho neste hall de entrada. Sobre o aparador, a mini-hera inglesa (Hedera helix) cai em cachos. "É uma espécie exuberante e resistente", diz. Nas prateleiras, violetas arrumadas em bandejas dialogam com o tapete floral da Século Tapetes. "Elas são perfeitas para estantes e lugares difíceis de alcançar, pois quase não precisam de água."
Dica da paisagista: a mini-hera fica feliz com água dia sim, dia não. Uma vez por mês, coloque no vaso adubo orgânico. Para as violetas, basta um pingo de água sob as folhas a cada semana.


                

O fator "tempo para dedicar ao jardim" foi levado em conta pela paisagista Juliana Freitas. "Escolhi espécies que não necessitam de poda", conta. À esquerda, colada à janela, a iuca (Yucca mansa) recebe os raios solares por três horas diárias. Ao lado dela, fica o asplênio (Asplenium nidus), e a bromélia faz par com a maranta-pavão (Calathea makoyana). Móveis de Amélia Tarozzo e almofada da Mix & Match.
Dica da paisagista: em um conjunto de plantas, prefira colocar sob a janela as que mais precisam de sol. Este grupo de espécies pede rega uma vez por semana e adubação orgânica a cada seis meses.

               

Sobre o palete de madeira, a paisagista Alessandra Mitteldorf criou um jardim com 11 tipos de cactos e suculentas. "São plantas que evocam a persistência", diz. Entre elas, há a avelós (Euphorbia tirucalli) e o mandacaru (Cereus jamacaru), as mais altas, ao fundo, e, ao centro, a Agave parryi, em forma de flor. Poltrona da Futon Company, luminária da Reka, banco da Desmobilia e tapete da Phenicia Concept.
Dica da paisagista: escolha vasos com furos para escoar a água. Misture areia e terra vegetal quase na mesma proporção. Regue a cada 15 dias no inverno e uma vez por semana no verão.


Fonte: www.casa.abril.com.br